Mais antigo do que se pode imaginar, o vinho acompanha toda a evolução político-econômica e sociocultural de muitos povos orientais e ocidentais. Circundada por várias lendas, torna-se difícil apontar a real origem, mas a grande tendência é a de arriscar que o vinho nasceu por acaso, quando alguém deixou um punhado de uvas em um recipiente e teriam fermentado espontaneamente.
Para a ciência, há os seguintes indícios e fatos: 6 mil AC, são plantadas as primeiras videiras; 6 a 3 mil a.C, aparecem os rastros moleculares do vinho; 4 mil a.C, surgem as primeiras prensas das uvas; 3 mil a.C, são encontradas as primeiras vilas ao redor das plantações de uvas; em 1550, surgem as primeiras plantações na América; em 1863, aparece o pulgão filoxera que devasta as plantações mundiais; em 1870, iniciam-se enxertos com as uvas americanas para banir a filoxera.
Na versão cristã do antigo testamento, Noé plantou uma videira assim que chegou no Monte Ararat (atualmente na Turquia) e produziu o primeiro vinho do mundo. Gostou tanto que exagerou e precisou do amparo dos filhos (Gênesis 9:20-25).
No Egito, há pinturas e documentos dos processos de vinificação e consumo nas celebrações e rituais em 3000 a.C (daqui a dedução de que o vinho surgiu antes da escrita). Os faraós ofereciam vinhos e incendiavam os vinhedos para os deuses, enquanto os sacerdotes usavam em rituais e os nobres, em festas de todos os tipos. O consumo de vinho no Egito impulsionou o comércio interno e externo. E, certamente, os primeiros enólogos foram egípcios.
Propagado pela Europa Mediterrânea, o vinho chegou à Grécia: provavelmente lá se produziu vinho na região da atual Georgia (norte da Grécia) e, cultivado ao longo da costa, o vinho se tornou vital elemento cultural e econômico para o desenvolvimento. Na mitologia, a bebida era a própria dádiva dos deuses: filho de Zeus, o deus Dioniso (Baco na mitologia romana) era o responsável pelo cultivo da uva e tinha o domínio das técnicas de produção.
A partir de 1000 a.C., os gregos começam a plantar videiras em outras regiões europeias: Itália, Sicília, Península Ibérica e França. Na Itália, o Império Romano levou vinho para todos os lugares que invadiu, talvez como forma de impor costumes e cultura. Predileção para o vinho doce, os romanos colhiam tardiamente as uvas para concentrar mais açúcar (técnica da “passificação” da uva). Diferentemente dos gregos (armazenavam o vinho em ânforas), os romanos envelheciam o vinho em barris de madeira, para aprimorar o sabor.
Assim, se considerarmos que o vinho daquelas épocas possuía gosto bastante incomum (geralmente ingerido com água, mel e outras ervas para disfarçar o gosto original), vinhos bons são os que bebemos hoje, a exemplo dos nossos premiados InSSieme e AluSSinante!
Salute per tutti!