Indicação Geográfica Típica (IGT): uma das classificações de vinhos italianos que combina herança regional com liberdade criativa e atrai tanto produtores quanto consumidores. IGT surgiu em 1992 para modernizar o sistema de classificação e promover flexibilidade na produção vinícola, oferecendo espaço para inovação e permitindo que produtores criassem vinhos que expressassem o terroir sem as limitações rigorosas de denominações mais tradicionais, como DOC (Denominação de Origem Controlada) e DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida). Este selo foi a resposta para aqueles que buscavam capturar as características únicas de suas vinhas, mas desejavam explorar novas técnicas, combinações de uvas e métodos de vinificação.
A classificação IGT permitiu o surgimento de vinhos icônicos conhecidos como “Super Toscanos”, produzidos, principalmente, na região da Toscana. Estes vinhos surgiram na década de 1970, quando alguns produtores começaram a adicionar uvas internacionais, como Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, às uvas locais, como Sangiovese. Esses vinhos eram de alta qualidade, mas por não seguir as normas rígidas de DOC e DOCG, não podiam ser classificados nas categorias superiores. IGT, então, permitiu que esses vinhos encontrassem seu lugar e ganhassem o merecido reconhecimento, abrindo portas para a exportação e para o mercado internacional.
Na prática, IGT oferece um “meio-termo” entre o controle rigoroso e a flexibilidade. Os vinhos IGT devem ser produzidos em área geográfica específica, e as vinícolas precisam registrar a variedade de uvas e métodos utilizados, garantindo certa previsibilidade na qualidade e no perfil do vinho. No entanto, essa categoria permite aos produtores, liberdade de misturar uvas locais e internacionais e de explorar diferentes métodos de envelhecimento e fermentação. Em vez de restringir a produção aos métodos tradicionais, IGT encoraja a inovação, mas sem perder de vista as raízes culturais e regionais.
Em regiões como a Toscana, por exemplo, produtores de vinhos IGT exploram o potencial de seus solos e clima de maneira criativa. As colinas da Toscana, com solo rico em minerais e a influência mediterrânea, oferecem condições ideais para vinhos que, no IGT, podem incluir combinações não convencionais. Esses vinhos refletem a personalidade de cada produtor e o microclima de suas vinhas.
Os vinhos IGT costumam apresentar caráter forte e bem definido, já que são feitos para representar a essência da região e, ao mesmo tempo, respeitar a individualidade do vinicultor. Os sabores são variados e complexos, muitas vezes resultantes da combinação de técnicas modernas e tradicionais. Outro aspecto IGT interessante é o foco na acessibilidade. Por serem menos caros que os vinhos DOC e DOCG, vinhos IGT permitem que o público tenha acesso a vinhos de alta qualidade sem comprometer o orçamento. Isso torna porta de entrada para quem deseja explorar a diversidade e a profundidade do vinho italiano.
O rótulo de um vinho IGT frequentemente menciona a área de produção, como Toscana IGT ou Veneto IGT, além de indicar as variedades de uvas. Algumas das principais uvas utilizadas na produção de vinhos IGT incluem Sangiovese, Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Pinot Grigio, variando conforme a região. IGT possibilita aos produtores italianos a experimentação com uvas menos tradicionais, trazendo nova dimensão ao perfil sensorial dos vinhos e permitindo que o público explore sabores e aromas distintos, do frutado e floral ao amadeirado e terroso.
Hoje, IGT é uma denominação altamente respeitada e apreciada no mercado internacional. A classificação não só oferece garantia de qualidade e origem, mas a possibilidade de unir tradição e inovação.
InSSieme, AluSSinante e Podere Scaparzi da Vinícola Luminosità são representantes de excelência na categoria IGT!
Salute!